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Saco de juta: sustentável e benéfico para armazenar o café


Utilizados desde o século XVIII para transportar os grãos do café verde, os sacos de juta carregam, além de muita tradição, diversos benefícios para o produto. Sua sacaria é a unidadepadrão no mercado cafeeiro mundial e, mesmo que muitos defendam a tecnologia de outros materiais para o armazenamento, os sacos de juta ainda mantêm a sua força no comércio e seguem todos os requisitos estabelecidos pela Organização Internacional do Café (OIC).


Os benefícios são muitos, mas um dos principais é a capacidade reguladora da umidade que o material proporciona. Dessa forma, o produto não resseca e não perde seu valor de mercado. Os exportadores de café também preferem a juta, pois ela apresenta uma trama flexível e espaçosa do tecido que, além de permitir que o grão esteja sempre ventilado, permite que ele se acomode dentro da embalagem. Essas características são responsáveis também por não interferirem na qualidade do café armazenado por muito tempo.


Outo benefício é o fato de não transferir sabor tampouco odor para o alimento que o utiliza no embalo, pois respeita e mantém íntegro o produto que vai dentro. No caso do grão de café, o saco de juta o deixa fresco por até seis meses. Esse tipo de sacaria é uma referência no segmento, pois facilita o empilhamento e o armazenamento.


LIVRES DE HIDROCARBONETO

Os sacos de juta também são os mais indicados para os cafés orgânicos e especiais, pois, sendo livres de hidrocarbonetos, não alteram o aroma e o sabor. Eles permitem, além disso, uma fácil colheita de amostras para inspeção. A partir delas, o produtor consegue ter maior controle do seu lote e separar de maneira mais eficiente os diferentes tipos de grãos. A Green Coffee Association (GCA) também já alertou sobre o risco da utilização de sacos confeccionados com fibra sintética, pois impedem que a umidade dos grãos seja verificada.


A sacaria de juta não apresenta apenas funcionalidade. Seu processo de fabricação é ecológico e sustentável. Hélio Meirelles, diretor da Companhia Têxtil Castanhal, afirma que o saco de juta é bastante integrado à ideia atual de sustentabilidade. De acordo com ele, a embalagem é para armazenamento do café verde, para exportação ou mercado interno, servindo também para outros produtos. “O material é biodegradável e não agride o meio ambiente, já que depois de utilizado e descartado volta naturalmente para o ambiente por ser basicamente uma fibra celulósica. Não há necessidade de reciclar. Ou seja, ela é o que a gente entende de economia circular pura”, explica o executivo.


A produção utiliza apenas óleos vegetais e a sacaria é composta somente por plantas, o que permite uma decomposição rápida após o descarte (é absorvida em até dois anos). Juntamente disso, a fabricação fornece sustento para aproximadamente 15 mil famílias ribeirinhas da Amazônia. A marcação com o logo Cafés do Brasil na sacaria é de corante à base de água, que não contamina o grão embalado.

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