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Região do Cerrado Mineiro apresenta projeto de impressão digital para café

Atualizado: 25 de out. de 2022


A Região do Cerrado Mineiro apresenta o projeto de implantação da tecnologia fingerprint, que vai atestar ainda mais a integridade e garantia da procedência do seu café. Uma tecnologia que complementa a Denominação de Origem obtida em 2013, tendo agora uma comprovação científica da exclusividade do café e do terroir Cerrado Mineiro.


O lançamento da tecnologia para o mercado está previsto para novembro, durante a Semana Internacional do Café (SIC), que acontece de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG). O uso da ferramenta no setor cafeeiro é inédito no mundo. Através dela, será possível verificar cientificamente a origem do produto, garantindo, assim, a sua integridade e fornecer mais segurança tanto para o produtor quanto os compradores, sejam eles exportadores, importadores ou torrefações e principalmente para o consumidor, que cada vez mais busca pela origem do café. A inovação tecnológica que utiliza a inteligência artificial para gerar a impressão digital chega para agregar valor ao Selo de Denominação de Origem, rastreabilidade que existe desde 2013 na RCM.


Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, entre as vantagens em se ter uma impressão digital do café está a liderança na indústria com o uso de tecnologia inovadora e confiável, e ainda uma aliada ao combate ao uso indevido da origem café.


Pesquisa

Os estudos sobre a nova ferramenta começaram em 2016, com os primeiros contatos com instituições de pesquisa, até que se chegou até a Oritain, uma empresa da Nova Zelândia que é destaque no setor e que, em acordo com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, trabalhou durante três anos na análise das amostras para ter a repetibilidade científica necessária, identificando o fingerprint dos cafés do Cerrado Mineiro e os comparando com cafés de diversas outras regiões da África, América Central e do Sul, além é claro de regiões brasileiras.


A tecnologia também foi desenvolvida junto a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através de uma tese de mestrado onde a acadêmica sob a orientação de uma cientista da área de química da Universidade, conseguiu por meio de sua tese, por parâmetros científicos também atestar o fingerprint do Cerrado Mineiro.


Como funciona a identidade digital do café

Para chegar à fingerprint do café da Região do Cerrado Mineiro, é feita uma espectrometria. Um equipamento utiliza grãos de café in natura ou mesmo o café industrializado para fazer a análise que irá gerar a impressão digital química. Miligramas do café verde moído e diluído em água são usados no processo através de um equipamento que gera a impressão digital, integrado a um programa de computador que através de inteligência artificial atesta a identidade única.


De acordo com as pesquisas realizadas pela Oritain, as plantas absorvem naturalmente diferentes níveis de elementos químicos e isótopos e de elementos do solo, que posteriormente são encontrados nos grãos de cada região, gerando uma impressão digital de origem única.


Para desenvolver o projeto, a Oritain criou um banco de dados com fringersprints de vários países. Amostras de café foram analisadas no Brasil, Ruanda, Indonésia (Sumatra) e Honduras. Isto porque a impressão digital química do café brasileiro pode ser diferenciada de outros países. Também pode existir uma diferença entre o café coletado pelo Cerrado Mineiro e o de outras regiões e também entre os produzidos dentro da Região do Cerrado Mineiro. Ou seja, os elementos encontrados na Região do Cerrado Mineiro não necessariamente serão encontrados na mesma proporção do solo do sul de Minas ou da Colômbia, por exemplo.


Fonte: CaféPoint

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